Por vezes o sol esquece de surgir no horizonte com seus raios férvidos de luz…
agora, apenas a sua presença acompanhada de nuvens obscuras.
Nossa mente, sombria, oferece-nos ideias pessimistas do mundo.
Pensamentos, hora sem nexo, descrevem alucinações absolutamente lúcidas.
Qual o ponto certo da prudência?
Afastar-se de si mesmo e da multidão é o único lenitivo aparente,
uma inexorável necessidade.
Os anos passarão e o peso do tempo nos forçará a abandonar todas as tralhas dispensáveis,
Um fardo sem que o percebamos…
E agora, sem saber o tamanho do tempo que nos reserva o porvir, caminhamos sem hesitar,
desta vez não em busca de um ideal palpável, mas apenas para encontrar-se em si mesmo, para compor a constelação do insondável universo particular de nossa singularidade e finalmente realizar-se no mais genuíno arquétipo da plenitude.
Hênio Aragão